CRESS-BA participa de encontro da Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo

“Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista”. Ângela Davis

Debater raça é estrutural para que construamos no sentido do que preconiza o nosso código de ética, um projeto societário sem opressões de raça e etnia e as tantas outras. Em especial, no contexto da discussão e desafios postos pelo racismo estrutural e estruturante para que assinalemos essa dimensão como de nosso cuidado maior foi realizado mais um encontro da Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo na data de 27 de maio.

A Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo, desde 2020 vem avolumando ações necessárias para que o quesito raça e etnia, ambas categorias importantes, sejam coletadas para o desvelamento de processos de inclusão e exclusão pelas políticas públicas, assim como para formulação de indicadores nas diversas áreas de produção de conhecimento e ações profissionais com base nas dimensões ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa, uma vez que os processos de discriminação e de preconceito étnico-racial se materializam nas relações sociais e os demais processos de sociabilidade.

No encontro virtual participaram, o conselheiro Vice-Presidente do CRESS-BA, Bruno Cerqueira e a conselheira Vânia Mota (Gestão “ViraMundo”), além de assistentes sociais de todo o Brasil e regiões, também conselheiras regionais do conjunto CFESS-CRESS recentemente eleitas para o triênio 2023-2026, além da presença do conselheiro federal, Tales Fornazier da Gestão "Que nossas vozes ecoem vida-liberdade". O momento foi entoado de poesias e musicalidade pelas assistentes sociais artistas, dentre elas, a assistente social, Gilmara Silva. 

O debate perpassou por necessárias memórias e resgates históricos dos passados começos da luta antirracista dentro do conjunto CFESS-CRESS e nas demais organizações representativas, ENESSO e ABEPSS, de modo a situar-nos no tempo, sobre as ações e o horizonte da luta antirracista.

Projetos de lei como o PL 490 que propõe que sejam reconhecidos aos povos indígenas somente as terras que estavam ocupadas por eles na data de promulgação da Constituição Federal também foi tema da discussão tão necessária para a defesa e luta cotidianas.

Dentre os compromissos firmados, iniciativas como abertura de comitês da luta antirracista nos conselhos e regiões, provisão de orçamento nas comissões de raça/etnia, das autarquias da categoria, diagnósticos para criação de espaços formativos e intervenções, além da garantia de cotas para pessoas negras e indígenas nas eleições do conjunto foram destaques na proposição da assistente social, Meyrieli de Carvalho Silva, pertencente ao CRESS 17ª Região, na manhã do sábado, participante da Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo.

A Carta de Princípios da Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo (http://www.cfess.org.br/arquivos/carta-principios-frentecombateracismo.pdf) está disponível aqui e além delas alguns links que referenciam o histórico da Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo:

http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1778

Email: ascombateaoracismo@gmail.com

Instagram: @asantirracista

#DESCRIÇÃODAIMAGEM: Imagem com fundo preto traz ao centro fotos de profissionais participantes da reunião virtual sobre Assistentes Sociais no combate ao racismo.

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