"Serviço Social, Feminismos e Transdiversidade" foi o tema do ciclo de debates promovido pelo CRESS-BA
"Serviço Social, Feminismos e Transdiversidade" foi o tema do ciclo de debates promovido pelo CRESS-BA em junho e julho deste ano. O ciclo contou com três atividades e segue a deliberação do 50º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS, no intuito de contribuir com a defesa dos direitos humanos das mulheres e da população LGBTQIAPN+ e no combate ao preconceito, à discriminação e à violência a partir da atuação das e dos assistentes sociais.
Na primeira roda de conversa, realizada no dia 01 de junho, intitulada "Lélia González: Serviço Social e Feminismos Críticos", recebemos Cláudia Isabelle Pinho e Gilmara Silva de Oliveira, assistentes sociais, ativistas e intelectuais pretas, para falar sobre o tema, trazendo questões como a contribuição do pensamento de Lélia e do conceito de interseccionalidade para o movimento feminista e suas conquistas; a pluralidade dos feminismos a partir das diferentes realidades; a contribuição das feministas negras, amefricanas e ameríndias para a teoria e prática do Serviço Social no Brasil. A mediação da discussão foi de Carina Alves, conselheira do CRESS-BA.
No dia 08 de junho, a segunda roda com o título "Xica Manicongo: Serviço Social e Transdiversidade" trouxe Maria Estrela - mulher trans, estudante de Serviço Social, liderança do Movimento de População de Rua e redutora de danos - e Aimêe Coimbra, transativista, estudante de Saúde Coletiva e atua no Ambulatório para Travestis e Transexuais do CEDAP/SESAB. A mediação foi da assistente social Tatiane Melo, que atua no Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBTQIAPN+.
Ao visibilizar a diversidade humana a partir da manifestação de suas identidades e sexualidades, rompendo com a lógica da cisheteronormatividade, é possível garantir direitos e promover a justiça social. Para as e os profissionais assistentes sociais, o reconhecimento dessa diversidade é fundamental para uma atuação profissional comprometida com o código de ética e com o projeto político do Serviço Social, que preconiza, entre outras coisas, uma sociedade sem opressões e discriminações.
Participaram também nas rodas Elaine Amazonas, representando o CFESS, Andrea Alice pela ABEPSS e Maria Rita pela ENESSO.
Por fim, o ciclo foi encerrado com um cine-debate com exibição do documentário "Transversais" (2021), no dia 13 de julho e tendo como convidada Vicky Dias, mulher trans bacharel em Serviço Social e o convidado Theo Brandon, homem trans negro, ativista, pai de Dionísio e graduando em Medicina pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB - Salvador).
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