Somos mulheres todos os dias: Evento debate gênero e direitos à população LGBT dentro da prática do Serviço Social

 

No último sábado de abril, 30, a comissão de gênero/etnia do CRESS-BA realizou, na sede do SindiPrev, o  semináro “Somos Mulheres Todos os Dias – Serviço Social por uma questão de gênero”. A atividade reuniu profissionais e estudantes e contou com espaços de debates e homenagem a oito assistentes sociais que, em sua atuação, levam o debate de gênero. 

 

No primeiro momento aconteceram mesas que trouxeram como debate central a questão de gênero dentro do conjunto CFESS-CRESS e na atualidade. A Profª Márcia Tavares refletiu sobre a importância da utilização do filtro de gênero, ainda incipiente, para o exercício profissional da categoria. A assistente social Ana Maria retomou o acúmulo do Conjunto CFESS-CRESS nos debates sobre a descriminalização do aborto no Brasil. Emanuelle Goes, representante da Marcha da Mulher Negra, trouxe o debate do aborto e saúde da mulher negra, retomando que o recorte de classe e etnia incide sobre os índices de mortalidade de mulheres que vivenciam situações de abortamento.

 

As atividades da tarde começaram com a apresentação de parte dos resultados da pesquisa sobre o trabalho da assistente social de salvador, a partir do recorte de gênero.  A Profª Josimara Delgado reafirmou a necessidade da desnaturalização dos papeis de gênero para a ressignificação da categoria e como estes incidem sobre cenários de precarização do trabalho.

 

As reflexões sobre o histórico da luta do movimento LGBT e suas principais pautas foi feito pela assistente social Laís Paulo que pontuou que a lgbtfobia é responsável pela precarização da vida da população LGBT. A Assistente Social Adriana Lohanna, iniciou a sua fala recordando a sua inserção na universidade, os limites que, enquanto, mulher transexual precisou enfrentar no espaço acadêmico e como a sua inserção no Movimento Estudantil de Serviço Social, favoreceu o debate de opressões, apresentou acúmulo e avanço da pauta dentro do conjunto CFESS-CRESS.

Veja aqui as campanhas e resoluções aprovadas 


Para Dilma Franclin Coordenadora da comissão de gênero\Etnia e Conselheira do CRESS\Ba  "a intenção do Seminário foi proporcionar um espaço que contemple todas as mulheres Assistentes Sociais por meio de um debate que transversalize raça, orientação sexual, aspectos voltados para a saúde, indicadores sobre a profissão de maneira que potencialize outros debates nas Comissões do CRESS\Ba e nos espaços sócio ocupacionais que as participantes do Seminário estão inseridas. Proporcionando uma reflexão capaz de reconhecer a importância da discursão de gênero orientada pelos princípios éticos da profissão".

 

Destacou que a Comissão desejava homenagear no mínimo 80 Assistentes Sociais, já que o Serviço Social comemora 80 anos de história. Neste Seminário que referencia o dia 8 de março, no entanto, foram homenageadas oito Assistentes Sociais que discutem gênero na Bahia: Márcia Tavares , Márcia Cosme, Márcia Macedo, Osvalnice Romani, Ana Maria Oliveira, Edna Amado, Cynthia Saad e Aúrea Silva. "Resgatar a história de luta dessas mulheres em um período que o óbvio encontra-se difícil de ser. Onde o retrocesso, o conservadorismo, o fundamentalismo e o patriarcado expandi assustadoramente, torna-se fundamental para o fortalecimento das forças sociais que se contrapõem ao cenário político atual do curso do país. Desta maneira, dizer: NÃO! Para o processo de truculência, barbárie, machismo, sexismo, LGBTfobia, defesa da tortura, do extermínio do povo negro, da Lei Nº 8880\2015 - preconiza o Dia Municipal de Conscientização Antiaborto em Salvador\Ba, a aprovação do Projeto de Lei 21.625/2015, do Plano Estadual de Educação, pela Assembleia Legislativa da Bahia que descarta os artigos que tratavam sobre o ensino de gênero e diversidade sexual é uma forma de dizer: SIM À DEMOCRACIA!"

 

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