ABEPSS Itinerante segue suas atividades debatendo Estágio Supervisionado

 

Em entrevista Luciana Cantalice discute sobre a importância do projeto

A temática “Estágio Supervisionado em Serviço Social: desfazer os nós e construir alternativas” norteia a discussão entre profissionais e estudantes durante este fim de semana, sexta e sábado, no CRESS-BA. Esta sendo realizada a primeira oficina do Projeto ABEPSS Itinerante, uma ação que conta também com a parceria entre o CFESS-CRESS-ENESSO. A segunda oficina será realizada entre os dias 05 e 06 de setembro, também na sede do Conselho.

Saiba mais sobre a primeira parte do Projeto

A defesa da qualidade da formação profissional em Serviço Social é uma bandeira de luta do Conjunto CFESS-CRESS que, articulado com a ENESSO e a ABEPSS, tem em seu histórico o desenvolvimento de ações e a produção materiais que apontam para um entendimento da categoria de que um enfrentamento à precarização do ensino é parte da luta por um trabalho profissional de qualidade e atrelado aos valores éticos políticos já consolidados pela categoria.

Acesse aqui publicações do Conjunto CFESS-CRESS em defesa da formação profissional

Com o objetivo de aproximar a categoria das discussões que permeiam a Oficina que está sendo realizada neste fim de sema no CRESS-BA, entrevistamos Luciana Cantalice, Dra. em Serviço Social pela UFRJ, docente da UFPB e representante da ABEPSS. Na entrevista Luciana Cantalice reflete sobre o histórico da ABEPSS e sobre a importância do Projeto ABEPSS Itinerante. Confira abaixo e saiba mais:

CRESS-BA: O que é e como se organiza a ABEPSS?

Luciana Cantalice: A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social se constitui como uma entidade político-acadêmica responsável pela construção e condução da política de formação profissional dos cursos de Graduação e Pós-graduação em Serviço Social no Brasil. É uma entidade nacional com representatividade nas regiões Nordeste, Sudeste, Norte, Centro-Oeste, Sul I e Sul II, subdividida em Coordenação Nacional e Regionais de Graduação e Pós-graduação, Presidência e Vice-presidências  Regionais, Supervisão de Estágio e Representações Discentes de Graduação e Pós-graduação, além de uma Coordenação de Relações Internacionais.

 

CRESS-BA: Qual a importância desta entidade para a categoria?

Luciana Cantalice: A referida entidade já possui mais de 60 anos e junto às demais entidades da categoria construíram o arcabouço político-organizativo da profissão, que chega aos anos 2000 à sua maturidade intelectual, política, teórico-metodológica. De modo particular a ABEPSS vem por meio de seus Fóruns deliberativos debatendo, construindo e legitimando instrumentos importantes para o direcionamento da profissão, como: o conjunto das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Serviço Social e a Política Nacional de Estágio (PNE). Dessa forma, conduzindo a política de formação do Serviço Social na perspectiva teórico-crítica apontada no Projeto ético-político profissional. Para tanto, articulando as Unidades de Formação Acadêmica, os Estudantes, os Profissionais de Pós-graduação, os Fóruns de Superisão de Estágio e toda a categoria.

CRESS-BA: Qual a relevância do projeto ABEPSS Itinerante na atual conjuntura e como ele pretende alcançar estudantes e profissionais?

Luciana Cantalice: O ABEPSS Itinerante na atualidade constitui-se como um projeto importantíssimo, visto possibilitar uma maior aproximação da ABEPSS com as UFAS, Estudantes e Supervisores de Campo, para o fomento da discussão acerca da formação profissional, da agenda política da profissão e a articulação de estratégias necessárias a consolidação das Diretrizes Curriculares e da PNE, eixos essenciais de materialidade da política de formação do S.S. É um momento essencial de articulação dos três segmentos (docentes, estudantes e profissionais)

CRESS-BA: Por que discutir Estágio Supervisionado?

Luciana Cantalice: A disciplina de Estágio se constitui como um momento estratégico da formação em Serviço Social, tendo em vista privilegiar a síntese teórica e prática, como também por possibilitar a interlocução entre as demais disciplinas do curso. Todavia, considerando a complexidade hoje existente no processo da educação profissional, dado a precarização, mercantilização e tecnificação da mesma, inscrevem-se muitos desafios e entraves postos à manutenção de uma direção crítica e efetiva para esse momento da formação.

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