Comissão de Gênero e Etnia do CRESS-BA realiza roda de conversa sobre feminismo e interseccionalidade

 

*Publicado em 17/08/2017

Aconteceu na sede do Conselho Regional de Serviço Social – 5ª Região (CRESS-BA), aos 2 de agosto de 2017, a roda de conversa “25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha”, que teve como convidada a Assistente Social Mestra Carla Akotirene. A atividade contou com a presença de Assistentes Sociais de diversos espaços sócio-ocupacionais, visto que o tema transversaliza as diversas expressões da questão social.

 

Carla Akotirene destacou a importância do combate ao epistemicídio e de todas as formas de genocídio da identidade negra. Apresentou o conceito da interseccionalidade como ferramenta que pode ser utilizada para o enfrentamento da violência contra a mulher negra, inclusive como decifrador da realidade presente no cotidiano do trabalho de Assistentes Sociais. Ressaltou diversas situações vividas em seu exercício profissional cujas reflexões em relação aos marcadores sociais - tais como gênero, geração, classe social, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, etc. – que se tornaram fundamentais para decodificar a realidade apresentada e intervir com maior eficácia sobre ela.

 

 

A roda de conversa seguiu com os compartilhamentos de ponderações de profissionais presentes acerca das experiências vivenciadas no processo de trabalho, com exemplos de racismo institucional, violência de gênero, desmantelamento de direitos, precarização de serviços e os impactos na população usuária. A Assistente Social Edna denunciou a situação do Projeto Viver, que está ameaçado de encerrar os atendimentos às vítimas de violência sexual. Outras falas destacavam a urgência do debate, especialmente, de gênero e etnia na formação profissional, visto que é fundamental a apropriação dessa discussão para o enfrentamento do conservadorismo que impede a materialização do projeto ético-político profissional.

 

A comissão apontou para a necessidade de espaços formativos e elencou alguns caminhos que poderiam ser seguidos para possibilitar atividades em Salvador e no interior do estado.

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