Liberdade, Igualdade e Justiça: O CRESS-BA reafirma a importância da luta contra o racismo

 *Publicado em 20/11/2017

No Brasil, 20 de novembro é a celebração do Dia da Consciência Negra. A data refere-se ao assassinato de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência negra ao regime escravocrata.

 

Mais do que celebrar, a data convoca também para uma reflexão sobre a relevância da cultura do povo africano e o impacto que tiveram na evolução da cultura brasileira. Na sociologia, na política, na religião, na gastronomia, entre várias outras áreas, foram profundamente influenciadas pela cultura de matriz africana. O reconhecimento desses aspectos é um exercício fundamental para a desconstrução dos estereótipos que marcam o lugar social, educacional, político e econômico da mulher negra e do homem negro na subalternidade, exclusão e violência, e manutenção da estrutura de violência racial em nossa sociedade.

 

Segundo dados do IBGE (2014), a Bahia possui 79,3% da população negra do país. Um estado que luta pela manutenção da própria história. Assim, o CRESS-BA convida toda a categoria a refletir sobre os princípios fundamentais do Código de Ética: I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero; XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.

 

Entretanto, sabemos que o processo de luta perpassa o enfrentamento e o combate ao racismo, inclusive, no exercício profissional. Sabe-se que uma das faces do racismo é a negação de direitos e da igualdade social. O Serviço Social sendo uma profissão atuante na luta pela garantia, efetivação, elaboração e gestão de políticas públicas, precisa fundamentalmente da implicação da categoria na defesa pela liberdade do povo brasileiro e da superação das desigualdades.

Comentários

Registrar um comentário